Para nós, brasileiros, a arquitetura colonial e barroca de Ouro Preto representa nossa visão de mundo nos primeiros tempos, quando a religiosidade cristã e a cultura católica foram impostas pelos colonizadores portugueses.
Isso aconteceu no século XVIII, no período que acostumanos chamar de Ciclo do Ouro, aqui nas Minas Gerais. Temos que admitir que o que nos restou como cenário colonial português é muito bonito!
MAS, AFINAL, QUAL A DIFERENÇA ENTRE ARQUITETURA COLONIAL E BARROCA?
A arquitetura barroca se refere às igrejas, aos templos religiosos. Aliás, escrevi um post, apresentando um breve guia fotográfico de detalhes decorativos da arquitetura barroca. Dá uma conferida lá.
Continuando… A arquitetura colonial se refere aos prédios públicos e residenciais. As edificações eram feitas de adobe, taipa e ou pedra, como o elegante quartzito trabalhado em cantaria, visando valorizar as partes nobres das construções.
A cantaria se resume à arte de talhar ou “aparelhar” a pedra em formas geométricas ou figurativas, como as partes de uma janela: as vergas, ombreiras e os peitoris, por exemplo, com finalidade estrutural ou ornamental.
Mas, sempre, o melhor jeito de se envolver com o cenário colonial é fazer um passeio a pé.
ANDE, PARE E SE EMOCIONE…
Observe, então, a casa que pertenceu provavelmente ao homem mais rico da Capitania de Minas Gerais: o contratador João Rodrigues de Macedo. Construida entre 1782 e 84, para ser residência e sede de seus negócios, sua beleza arquitetônica pode ser admirada externa e internamente. Atualmente, abriga o Museu Casa dos Contos.
João Rodrigues era compadre de Alvarenga Peixoto e ambos participaram da Conjuração Mineira. Mas vamos falar deles pessoalmente? Em um passeio comigo pela a Casa dos Contos?
PARE. Outra construção de destaque é a antiga Casa de Câmara e Cadeia, onde, hoje, está o Museu da Inconfidência. Que cadeia chique!
A poesia da Cantaria a deixa ainda mais mais nobre.
Dizem as más línguas que “um certo governador desejou erguer uma cadeia majestosa, que pudesse escurecer a velha fama da Torre de Babel e mais, dos imponentes edifícios construídos para o sepulcro dos reis do Egito”.
Quem contou isso foi Critilo, pseudônimo de Tomás Antônio Gonzaga em sua obra Cartas Chilenas, que circularam anonimamente na Vila Rica de então. Deus me livre de fazer fofocas!
SE EMOCIONE. A simplicidade também embeleza a nossa Ouro Preto. Qualquer casinha, portinha, janelinha tem seu charme...
PENSE. Visite Ouro Preto nos próximos feriados de novembro ou… nas férias de dezembro. Mas, visite em boa companhia. Na companhia de uma Guia de Turismo credenciada pelo Ministério do Turismo.
Venha curtir comigo - Sueli Tour Guide - um walking tour. Prometo contar a você todos os babados!
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